Fusões e aquisições cresceram 30% em Julho

A consultora TTR recolheu os dados e concluiu que as empresas estiveram mais dinâmicas no mês passado. Os valores para os primeiros sete meses do ano são de 6,23 mil milhões de euros.

O mercado nacional de fusões e aquisições cresceu 30% em Julho deste ano face a igual período de 2015, segundo um relatório da TTR - Transactional Track Record, no que diz respeito ao número de operações. Se for contabilizado o período entre Janeiro e Julho, o aumento foi de 5,52%.

"O mercado de fusões e aquisições em Portugal registou um total de 153 transacções entre Janeiro e Julho de 2016. Este número de transacções representa um aumento de 5,52% em relação ao mesmo período do ano passado. O volume total movimentado neste período foi de 6,23 mil milhões de euros", referiu a TTR, alertando, no entanto, para o facto de que apenas 65 operações divulgaram os valores que envolveram.

O relatório mensal ibérico da consultora aponta no mês passado para 26 transacções, com um valor (apenas os divulgados) de 286,4 milhões de euros, uma redução de 63,2% em relação a 2015.

"Entre Janeiro e Julho de 2016 os subsectores mais activos" do mercado nacional foram o imobiliário, financeiro e seguros, a tecnologia, saúde, higiene e estética, salientou o mesmo relatório.

Foram registadas 58 operações de empresas estrangeiras em Portugal nos primeiros sete meses do ano, sendo que Espanha foi o principal investidor estrangeiro, "com 14 transacções que movimentaram 2,47 mil milhões de euros", referiu a TTR. Seguem-se os EUA, "com 13 operações e 109,6 milhões de euros", segundo o relatório. O sector em que os estrangeiros mais investem é o das tecnologias.

Já as empresas portuguesas compraram duas vezes em Espanha e uma em cada um dos seguintes países: França, no Brasil, no Reino Unido, em Angola e na Alemanha.

As sociedades de "private equity" estiveram envolvidas em 16 transacções, das quais 11 com empresas estrangeiras, uma redução de 30,43% em relação a 2015. 17 operações envolveram empresas de "venture capital", menos 29% que no ano passado.

Jornal de Negocios