Nascem cinco empresas por cada uma que morre

O número de insolvências voltou a aumentar nos primeiros sete meses deste ano. Mas o nascimento de novas empresas está a acontecer a um ritmo bastante superior: entre janeiro e julho nasceram cinco empresas por cada uma que morreu.

A IGNIOS dá conta de que foram criadas nos primeiros sete meses deste ano 23.992 empresas, mais 9,9% do que em igual período do ano passado. No acumulado do ano, julho foi o mês menos dinâmico com apenas 2853 empresas constituídas, 10% menos do que em julho passado.

A puxar pela criação de novos negócios está o crescimento do número de turistas em Portugal, que levou a um aumento de 60% no número de empresas destinadas a alojamento (+578 empresas) e de 7,8% nos negócios da restauração (+2211 empresas). O comércio a retalho ainda está, mesmo assim, a liderar com 2990 constituições de empresas, o que se traduz num crescimento de 12,2%.

A contrastar com o nascimento de novos negócios estão as falências de empresas que voltaram a aumentar nos primeiros sete meses deste ano. Este ano morrem já 4727 empresas, mais 2,5% do que em igual período do ano passado mas, mesmo assim, menos do que em igual período de 2013 (-2,9%).

"O aumento das insolvências no acumulado do ano teve sobretudo a ver como o crescimento nas Declarações Finais de Insolvências (+14,4% para 1.974 empresas), já que os pedidos de insolvência recuaram quer nos requeridos pelos credores (-1,3% para 1.466 empresas) quer nos solicitados pela própria empresa (-5,9% ara 1.219 empresas)", justifica a IGNIOS no Observatório de Insolvências, constituições e créditos vencidos.

Os principais alvos de insolvência foram os setores que mais dependem da procura interna e das importações como o setor da construções que representa ainda 17,8% do total de insolvências, Comércio a retalho (14,6%)e comércio a grosso que tem um peso de 14% no número de falências.

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Dinheiro Vivo