Fusões e aquisições agitam sector dos seguros

Além do sector bancário, também o segurador está a mexer.

O negócio da Axa em Portugal está à venda. Tendo o prazo para entregar as propostas vinculativas terminado dia 3 de Julho. A Apollo Global Managment, que gere fundos de private equity, terá apresentado uma oferta, refere a imprensa.

A Liberty está interessada na Açoreana, do Grupo Banif, mas o processo está dependente da venda do banco. Uma das potenciais interessadas é a Caravela Seguros, que protagonizou um dos grandes negócios mais recentes do sector, ao comprar a antiga Macif.

Entretanto duas gigantes já tinham sido vendidas. A chinesa Fosun pagou à Caixa Seguros mil milhões de euros por 85% da Fidelidade e da Multicare. Juntas, representam 30% do mercado segurador português. A Tranquilidade foi comprada pelo fundo norte-americano Apollo Global Management. Em 2014, a Ocidental Seguros tinha passado para as mãos da belga Ageas. Três grandes negócios que também contribuíram a separação de águas entre sector segurador e sector bancário.Todas estas movimentações têm aumentado a concorrência e condicionado as margens do sector, colocando pressão sobre os níveis de solvabilidade. Porém, as fusões e aquisições não se ficarão por aqui. Para Pedro Seixas Vale, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), outro ponto que irá marcar o sector no futuro: a introdução do novo regime de solvência, que trará mais exigências às seguradoras ao nível dos capitais próprios, da ‘governance' e dos sistemas de informação. E, na sua generalidade, todas as seguradoras estarão preparadas para este novo regime, que entrará em vigor em 2016.

De frisar que este é um mercado que tem vindo a crescer, sempre liderado pela Fidelidade.

De acordo com dados divulgados anteontem, 30 de Junho, pela APS, de Janeiro a Maio de 2015 a produção de seguros atingiu os 5,9 mil milhões de euros, crescendo 2% comparativamente com o mesmo período de 2014. Destes, 4,2 mil milhões são provenientes do ramo Vida, que registou uma subida de 2,9% face a período homólogo do ano anterior.
No primeiro trimestre a produção global de seguros já tinha crescido 5,9%.

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